Morei em teu ventre
O relógio que para mim está alí, parado
Não faz o mesmo percurso para os vivos
Matastes com tua íra um amor sagrado
Até mãe Águia chora ao deslocar seus filhos.
Enquanto tu /sem alma , desnaturada
Roubastes minha alegria de menina ...
Sem teu carinho, teu amor, n´alma fui um nada
Perambulei na vida buscando minha essência.
Irei para as sombras dos arbustos / eu irei
Onde com teu rosto imaginário não mais sonharei
Findará enfim minha busca desacorçoada.
Se, tardiamente me achares, de olhos cerrados
Cobre-me com teu manto imundo meu corpo gelado
Lembra-te/Que em teu ventre nove meses eu morei !
Ellinn
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Uma maravilhosa interação que encheu meu coração de alegria.
Muito obrigado ! Poeta querido. Abraço fraterno.
COMO TE ATREVES ( MIGUEL JACÓ)
Como te atreves me condenar com tal volúpia
Nunca tivestes comigo uma boa vontade
Eu te pari, o mundo deu-me as consequências
E o viver nunca mais foi equilibrado.
Se te faltei nem de longe por um capricho
Muitas atitudes o mundo nos trás sem opção
Por quanta noites eu orei por ti prostrada
Mas não sentia nenhum efeito em minhas orações.
Tuas revoltas são infundadas, te alimentam
Já ocuparam todo espaço das minhas verdades
Na outra vida serão apurados os elementos.
Não morrerás porque tens alma e perseverança
Já aguentastes deste mundo a fase bem pior
Logo adiantes gozarás das tuas abundâncias .
MIGUEL JACÓ
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