IMENSIDÃO...
Esvazio mi'alma de ti, desperto
neste amanhecer obscuro, frio
terra árida, infértil,triste deserto
carcará espera, na rapina, o cio.
Pálida, oca, na rigidez da morte
no negrume da noite, sem calor
tão fria e tão estática, sem sorte
o beijo no céu da boca, indolor.
Só, deitada sobre o mármore frio
íris opaca, a fosca tatuagem tua
vê a imensidão do universo vazio.
Despojada dos véus, vontades
e esperança, sobre a lápide nua
vês escárnio... E tuas inverdades...