MINHA NOVA AURORA

Meus versos são as cicatrizes da tua saudade,

Isto posto, não vejo me restar saída desta dor,

Pois ti digo, todos os meus poemas, em verdade,

Queimaria para ter um só segundo do teu amor.

Não versejar, para mim, é dor de cortar as mãos,

Não se comparando a dor maior da tua ausência,

Então, que se percam os sonetos de minha solidão,

Em razão da volta do meu sorriso por tua presença.

Que se percam meus versos no vento porta à fora,

Varrendo antigos papéis, secando estas lágrimas,

Levando consigo essa dor que há muito me devora.

Adentrando raiar do sol depois de minha nova aurora,

Despertar de mim, me arrancando antigas lástimas,

Que só de pensar assim um sorriso na alma aflora.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 22/10/2011
Reeditado em 05/11/2011
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