LÁGRIMAS DE POETA
LÁGRIMAS DE POETA...
Embebendo as lágrimas deste poeta
Que em lama o meu passado vegeta
Em terra firme onde só aponta a seta,
Na lama do sentimento a mágoa afeta,
Pouco sofre quando o álcool entorpece
Se sedento o amor minha alma acarreta.
Se por orações no cálice que amanhece
Trazendo a paixão que alucinado espeta.
Busco a razão que o amor não envelhece
Ainda que seja mal visto caído à sarjeta
Em meus sonhos mulher; desvaneces!
Na calúnia que me pesa e se secreta
No calor ainda que na dor me enobreça
Sendo eu um ébrio, és-me a predileta.
Barrinha; 22 de outubro de 2011 – 13; 20