Soneto em círculos
Ultimamente ando em círculos
Perdido em esteriótipos criados por um ego.
Uma indagação sobre meus vícios,
A sensação de ser o que não prego.
Por que a morte é tão convidativa?
Se ontem sorri para esconder uma angústia,
Hoje faço pose de uma iniciativa vingativa.
Continuo no meu círculo, sem saber se isso é um Déjà vi ou premonição
Mesmo que queira, algo me leva a crer que não,
Não vou sair dele, vislumbrar horizontes em vão.
Passei aqui outras vezes,
Nesse círculo onde desconheço a existência do tempo
Vejo-me vomitando indagações sobre a morte e como estou,
Sendo minha própria sombra a questionar: quem sou?
Assis Neto