LIBERDADE QUE APRISIONA

Nesta alma que o silêncio e a sombra

São companhias que cercam a clausura

Numa fria alcova que escoa amargura

Desta sensação que me escombra.

São os móveis que me falam calados

Que inda vivo estou e a noite escura

Abraça o céu em manta obscura

Em meio a devaneios inanimados.

Nesta cela claustra que solto estou,

Como pensar é livre, livre pensou,

E esta liberdade é uma prisão!

Se quero ir, não tenho para onde,

Se vai de mim a sorte e se esconde

Fico, pois, prisioneiro da minha solidão.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 21/10/2011
Reeditado em 08/01/2013
Código do texto: T3289085
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