O outro eu ( Feito através do “Eu” de F.E)
Sou uma maldição no sepulcro frio
Maldita dos que escrevem e sentem
O cadáver fétido que jaz no calafrio
Bárbaros das sendas do Hades cantem.
Escondida das Fúrias espectrais existo
Na dor eterna do suicida um tal cinismo
Nêmeses da vingança contra o sadismo
Electra na maldade contínua insisto.
Num Anjo Negro da sombra do abismo
Lá estou eu ou o outro eu que resiste
Na melancolia dos poetas bem persiste.
Olhos vermelhos de choro em vil coro
Bradam em uníssono do mal que morro
Sou a outra Florbela Espanca que cismo.