Soneto de Saudade e Solidão
Assovio sereno uma melodia doce
A suave brisa que sopra, seca meu pranto
Pranto que escorre, e que molha meu canto
Um lindo canto, por vil que fosse
Saudade, teu esporte favorito é me torturar
Teus versos que me vem silenciar
São os versos que eu mesmo fiz nesse instante
Intrínseca solidão ataúde de minh’alma
Doravante seguiremos juntos nosso caminho
A saudade indelével no meu peito é uma adaga
Que me fere e me condena a ser sozinho
Quem me dera ter o dom de contemplar
A saudade e a solidão em harmonia
E o poder de abrandar a dor e acabar de uma vez com essa agonia.