DE MENTIRAS A VERDADES

Maltratando a mim mesmo e não a criatura,

Eu disse adeus, como se fora uma verdade,

Rasguei bilhetes, fiz loucuras, como maldade,

Pensando que estes gestos me trariam a cura.

Recebi em resposta escritos venenos à altura,

Talvez mais cruéis do que os que eu tive vontade,

Mas que também não aparentavam realidade,

Como se os escritos dela fossem minhas rasuras.

Para a verdade saber tive que cometer a loucura,

Enviei outro escrito, poético, falando de doçura,

A resposta veio branda, ainda com ar de saudade.

Desespero tomou conta do meu peito, mistura,

De medo e coragem, mas mantive a postura,

Revelando que queria seu amor até a eternidade.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 20/10/2011
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