AKHILLEUS ACALENTADO

Era de noite – dormias,

Do sonho nas melodias,

Ao fresco da viração;

[...]

Ao frio clarão da lua,

Aos ais do meu coração!

[Álvares de Azevedo]

O véu da noite negro e vaporoso

De estrelas encobria o meu lindo Amado,

Que tão cansado, meigo e majestoso

Em sono poetava apaixonado.

Do peito, o verso terno, langoroso

Na aurora suspirava derramado

Num canto forte, denso e tão formoso

Aos Céus subindo em transe acalentado.

Um sonho, doces olhos fulgurava

Os lábios tão vermelhos qual narciso,

As formas em seu leito repousava,

Adão sonhando em pleno paraíso.

E assim meu Amado lindo transbordava

Mil versos amorosos num sorriso.

Alessa B
Enviado por Alessa B em 19/10/2011
Reeditado em 13/03/2020
Código do texto: T3286860
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