MERO NADA QUE FUI
Não representei para ti nada, qual brisa,
Que balançou teus cabelos em gesto sutil,
Nos quais agitas as mãos e depois alisas,
Quando com o tempo até a brisa sumiu.
Não deixei saudade qual o pingo de chuva,
Que tocou tua pele de forma leve e gentil,
Da qual retiraste rapidamente sem culpa,
Como em dia de sol, esse pingo não existiu.
Fui fantasma imperceptível em canto escuro,
Nem minha sombra se fez nos teus passos,
Seguiste sem qualquer lamentar ou murmúrio.
Esquecendo o que nunca te lembraste de tudo,
Que para esse eu sombra em que fico pasmo,
Saber que até os meus gritos foram mudos.