DE TUDO QUE JÁ SEI
Hoje, tão ferido de forma profunda,
Por culpa de ninguém, assumo tudo,
Mergulhei de corpo, alma que afunda,
Mente reclama e meu coração mudo.
Sei, palavras por palavras, que ouvi,
Revivem em ecos gritantes, confusos,
Eu nas paredes do peito o quadro revi,
Agora meu coração se finge de surdo.
Ignora todas as formas de encanto,
Lamenta por seus tolos desenganos,
Tenta bater normal, apanha, talvez.
Últimos singelos suspiros que possa,
Tirar-lhe de sua sangria essa mossa,
Dizendo-me, calado, de tudo que já sei.