"CRIANÇA... SEM QUALQUER EXPLICAÇÃO"
Creio que não houve queixas nem dor,
Deve ter sido um momento de puro amor.
Creio que nenhum dos dois se arrependeu
Enquanto durava o que lhes aconteceu.
Creio que foi uma união de corpos normal
Entre beijos e carícias, num ambiente ideal.
Creio que nenhuma razão foi desprezada
Conquanto nada se passou de forma errada.
Creio que tudo fluiu a gosto do prazer
Cercado de sentimentos e encanto.
Creio que jamais se deu lugar ao pranto.
Creio em tudo, e muito mais queria crer,
Mas me impede esta crença, o que ora passo:
Desprezado por eles, jogado no espaço...
(ARO. 1996)