*AO SOM DO PIANO

Fosse eu uma transeunte apressada
De olhar disperso, pensamento vago
Ainda assim meu ouvido com afago
Cairia ao som de Chopin, deslumbrada.

E, ao pianista que do amor faz alegria
Arreava a tenda, auscultava o coração
E junto dedilhava a mesma canção
Com toda euforia que a arte inebria.

De pé entre aplausos, mesmo distante
Da janela a voz em eco pedia bis
Jogaria uma aura em flor-de-lis
E um sorriso grato, farto, inebriante.

Prostrada me renderia ao som do canto
E ao poeta de amores tantos e encanto.

***

Primeira colocada na categoria sonetos, RJ
no VII Concurso PoeArt. Coordenador Jean Carlos

Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 19/10/2011
Reeditado em 28/10/2011
Código do texto: T3285990
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