O deus da riqueza

Nos sorridentes semblantes que vejo

Enxergo a verdade instriseca dos dias

Desses tempos, de orações e orgias

De toda a riqueza que não mais desejo

Felizes risos, em rostos desfalecidos

Momentos regados a vinho e caviar

Um papinho antes do opulento jantar

Uma falsa prece a um deus já esquecido

Enquanto a festa vai até altas horas

Envenenando a noite e a doce aurora

O mundo observa essa eterna avareza

Vidas fartas... na verdade tão senis

Nem percebem que estão nas garras vis

Do infeliz e mesquinho deus da riqueza

Eder Ferreira
Enviado por Eder Ferreira em 19/10/2011
Código do texto: T3285820
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