HORROR
Suam as mãos... O coração palpita...
Sempre a mesma mulher, tonta e carente...
Qualquer homem... Qualquer um diferente...
E o toque... Que nenhum instinto evita...
Próximos, ela escreve o que ele dita...
Fêmea que aceita o macho que é presente,
Em beijos e carícias segue em frente,
Surda à memória que em si tanto grita...
Agora ele já a tem, toda, em seu leito,
Com amor, sem Amor... Peito com peito,
Suam os corpos... Perto e tão distantes...
E eu penso no Amor tácito que sinto,
Pelos gemidos que ouço quase extinto...
Amor que nunca mais será como antes...