HORROR

Suam as mãos... O coração palpita...

Sempre a mesma mulher, tonta e carente...

Qualquer homem... Qualquer um diferente...

E o toque... Que nenhum instinto evita...

Próximos, ela escreve o que ele dita...

Fêmea que aceita o macho que é presente,

Em beijos e carícias segue em frente,

Surda à memória que em si tanto grita...

Agora ele já a tem, toda, em seu leito,

Com amor, sem Amor... Peito com peito,

Suam os corpos... Perto e tão distantes...

E eu penso no Amor tácito que sinto,

Pelos gemidos que ouço quase extinto...

Amor que nunca mais será como antes...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 19/10/2011
Código do texto: T3285279
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