Soneto da Saudade
É tanta saudade, até me falta, a razão
Por lembrar-te, quando em meus braços
Naquele amor, que me prendeu em laços
Que hoje, mudo, apenas grita, o coração.
Do infinito, a distância foi parceira
Não poupou choro, nem a ansiedade
E viu que chorei, de amor e saudade
De ti, querida, amada e companheira.
O tempo foi para mim, um fiel amigo
Sempre prudente, na dor, um abrigo
Não traiu, quem lhe confiou lealdade.
Desse amor, que jurei, ainda sonho
E longe de ti, em padecer medonho
Sobrevivo só, morrendo de saudade.