"PRÊMIO OU EXPIAÇÃO"
Ninguém engana a vida, nem trapaceia a morte:
Esta não perdoa, leva; aquela, passa quase alheia.
Um par perfeito a se seguir sem ter casa cheia;
Dois extremos mistérios que independem da sorte.
Cai uma estrela do céu; surge outro planeta habitado;
Chega o homem ao sol; muda no sistema a rotação...
Mas a vida prossegue independente do senão,
E a morte cresce ocupando espaço por todo lado.
Duas majestosas senhoras; duas fontes controladoras
A merecerem respeito e honra no momento capital
Do acontecido de fato, na hora redentora.
Vida à Morte ou Morte à Vida, não há nada igual:
Uma é compensação: a outra é constrangedora,
Esta é a expiação, enquanto aquela é o prêmio celestial.
(ARO. 1996)