POR QUALQUER DESLIZE
Se eu pudesse pediria o meu coração de volta,
E para esquecer tudo quanto eu te tenha dito,
Ficando em paz comigo em minha áurea nova,
Rezando para que me atendesse aos pedidos.
Mas, voltando à realidade desespera a alma,
Sei! Pensei bobagens. De que isso adiantaria?
Como poderia esquecer o teu jeito? Tua calma,
Bastaria qualquer deslize, de tudo lembraria.
Até os versos alheios me trariam a lembrança,
Do amor, das juras e da minha tola esperança,
Que de ti meu coração um dia, só, esqueceria.
Sinto, agora, que o efeito seria o contrário,
Pois coração é de mim sujeito involuntário,
E me diz que a ti há tempos eu já pertencia.