DAMA DE PRETO
Odir Milanez
Subjugado, a ti me submeto.
Quem há de resistir ao teu fascínio?
Quem se pode safar do predomínio
de teu corpo encorpado num soneto?
Nas copas de teu colo eis que me entreto,
teus seios sonho e perco o tirocínio.
Das tuas curvas vêm o vaticínio
de um corpo rosa num vestido preto.
Dos teus olhos as manchas azuladas
são resquícios de amor às madrugadas,
vestígios de vigílias e cansaços.
Dama de preto, as tuas mãos rosadas
dá-me que eu sinta sobre mim pousadas,
dá-me pensar poemas em teus braços!
Dá-me ser mar em ondas mais ousadas
para correr teu corpo em mil abraços!
JPessoa/PB
16.10.2011
oklima