Alma de Nylon (Notas tristes)
Sentei-me na rede d'minha varanda
Para (matear) essa grande saudade
Queimando na brasa de minha vida
Vertendo na pele toda sensibilidade
Dias q'a solidão chega antes d'lida
E os desassossegos são realidades
Hoje cada por do sol dói feito ferida
Aberta pelo tempo e suas verdades
Então vou para poltrona com o violão
Chorando as tristezas de uma ilusão
Percebo q'não ouço d'sua voz o som
Dedilho as lágrimas de meu coração
Entendo que o que me une à paixão
Hoje é tão somente a alma de nylon.
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Que em acordes dissonantes
Falam-me por entre os tristes trastos
De uma pestana à outra, distante
O triste lamentar sonido de sua boca, seus rastos
Das cinzas que ficaram
Dos ouvidos que te ouviram
O teu calor permanecerá em mim, se harmonizaram
Junto às notas que se eternizaram
(Lael Santos)
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Caríssimo Lael, que beleza de interação! O violão toca os nossos corações de uma forma muito intensa, muito forte. Simplesmente adorei seus versos. Obrigada. Bjos aos montes em seu coração...