Soneto n.230

TEMPO

Sobre o meu tédio e cansaços,
no
incerto tempo que me resta,
tento manter um clima de festa
por entre as notas e compassos.

Mas sempre erram os meus passos,
na cidade, praia ou numa floresta
e tudo aquilo que mais me molesta
é essa sensação em chumbo e aços.

Escasso, devasso, ele a tudo devora:
o hoje, o agora, o sempre e o outrora,
dono de mim - mas senhor inclemente.

Ah! Minha nostalgia é um mar ardente,
sem rumo... sem farol... sem timoneiro -
tal como um cruzeiro fatal e derradeiro.


Silvia Regina Costa Lima
15 de outubro de 2011

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 17/10/2011
Reeditado em 17/10/2011
Código do texto: T3281565
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