PORTO
Quando Augusto sorriu, foi o bastante:
– Armadilha de amor – fez-me cativa!
Do seu beijo, bebi doce saliva;
Sem querer me perdi... Fui mais adiante.
No frescor das manhãs de Sol radiante,
A caminho da escola, eu, sempre viva,
Era a mulher fatal, a eterna diva;
Era enfim sedutora, embora infante.
Quando Augusto partiu, sem mais aviso,
Restou-me suportar a triste história;
Sofrer, sentir a alma merencória.
Mas não vou dar a mão à palmatória;
É só saber poupar e ter juízo...
– Nas terras d’além-mar, um dia piso!
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