Coração
Como dói meu coração sofregamente
na esperança dos doentes renegados,
esperando sentimentos abastados
de um alguém que está caído e tão doente.
Esperança que não passa facilmente,
coração que, só, relembra dos passados
remoendo nosso riso e pranto alados
e o laurel que cintilava de contente.
Neste pélago de dor e muito pranto
tudo é sul e o coração não vê o norte:
sem ofício, sem prestígio... Sofre tanto!
Valeria um ombro amigo, mas a sorte
não plantou sequer o germe do quebranto
e, por isso o que ele anela é só a morte!
14/10/2011 20h12