SUICÍDIO DE OLHOS
SUICÍDIO DE OLHOS
duas amêndoas, dulcíssimas, castanhas,
que se hospedam e brilham em teu lindo olhar,
dizem de imenso amor, nem precisam falar!
ferem-me de anseios; fremem minhas entranhas.
imagino-te, doce, dolente, ao luar,
mãos nas mãos e os olhos nos olhos, nada estranho,
vozes cedem o posto ao olhar – é dele o amanho,
convidam-se, mútuos, os olhos para amar.
e esse amor que lateja na alma dá o caminho,
devoram-se e beijam; de ternura se drogam;
se amam - eterno instante - com doce carinho.
e onde se unem, alma com alma dialoga,
a gema banha-se em meu olhar e ali se aninha
e juntos, nesse oceano de amor, se afogam.
Afonso Martini - 141011
SUICÍDIO DE OLHOS
duas amêndoas, dulcíssimas, castanhas,
que se hospedam e brilham em teu lindo olhar,
dizem de imenso amor, nem precisam falar!
ferem-me de anseios; fremem minhas entranhas.
imagino-te, doce, dolente, ao luar,
mãos nas mãos e os olhos nos olhos, nada estranho,
vozes cedem o posto ao olhar – é dele o amanho,
convidam-se, mútuos, os olhos para amar.
e esse amor que lateja na alma dá o caminho,
devoram-se e beijam; de ternura se drogam;
se amam - eterno instante - com doce carinho.
e onde se unem, alma com alma dialoga,
a gema banha-se em meu olhar e ali se aninha
e juntos, nesse oceano de amor, se afogam.
Afonso Martini - 141011