IMERECIDO
Das punhaladas que senti na vida,
Nenhuma tem doído mais que a tua,
A tua falta tanto me extenua,
O teu desprezo dói igual ferida.
Mas minha consciência está despida,
Perante esses meus erros não recua
E, na característica de nua,
Assume tudo e nunca se intimida...
Não me ouviste falar dos erros teus...
Nada, se comparado ao que dos meus
Disseste, injusta, como sendo fiel...
Mas que assim seja... O tempo que te ensine,
Eu quero algo maior, que me ilumine,
Não o que tens... Que deixarei ao léu...