IMERECIDO

Das punhaladas que senti na vida,

Nenhuma tem doído mais que a tua,

A tua falta tanto me extenua,

O teu desprezo dói igual ferida.

Mas minha consciência está despida,

Perante esses meus erros não recua

E, na característica de nua,

Assume tudo e nunca se intimida...

Não me ouviste falar dos erros teus...

Nada, se comparado ao que dos meus

Disseste, injusta, como sendo fiel...

Mas que assim seja... O tempo que te ensine,

Eu quero algo maior, que me ilumine,

Não o que tens... Que deixarei ao léu...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 16/10/2011
Código do texto: T3279546
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