TAPA
O rosto conhecia a mão,
A mão também sabia o rosto,
Acariciava com paixão,
Era beijada com mais gosto.
Um dia, por uma razão,
A mão sentiu algum desgosto,
Esqueceu que era um rosto irmão,
E estapeou o lado oposto
Ao que fizera mais carinho,
A mesma mão que estrelas fez,
Que o vento leva em torvelinho...
A mão das unhas coloridas...
O rosto da agredida tez...
— Separação de duas vidas...