Ó CORAÇÃO


Há no peito meu um desejo
Há muito sendo acalentado
Ardendo em chama isolado
Que corre no seio pejo.

Às vezes lança no ensejo
De à tona vir ondeado
Outras em passos calados
E nessas horas entrevejo.

Ó coração como és insolente!
Não vê que minha razão é ciente
E quer me levar para outro espaço?

E tu num louco amor me derruba
E a razão se joga a ti em rusga
E eu... no meio, num cadafalso!

Belém, 23/08/2011 – 16h48

 
Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 15/10/2011
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