Vida que me deu a vida!
(Ao meu amado pai - Geraldo da Silva de Souza)
Leio as páginas amareladas, escritas em pedras
O tempo as coloriu de sabedoria e experiência
Vejo nelas seu rosto sorrindo nas rugas marcadas
Tesouro protegido na memória, relíquia de criança
Biografia gravada no silencio essencial da alma,
Em páginas marcadas por lutas, esperas e gloria
Prazerosa retrospectiva das saudosistas histórias
Estigmas despontam infante na vida e memória.
Os guias conducentes turvos perderam a agilidade
No entanto, a mente guarda intactas as mensagens
Arquivadas e bkapiadas do passado e do presente.
Benditas páginas amarelas que o tempo ditou e definiu
A semente germinada na terra caiu, bom fruto do ventre
Brotou pra vida, pra vida sorriu, vida que me deu a vida.
Luzia Ditzz,
Campinas, 10 de setembro de 2011.