A SOLIDÃO E A SONOLÊNCIA

Com os olhos pesados do acre sono

Que me bateu ainda cedo na noite cálida

Me sinto nesta mórbida alcova pálida

De inertes objetos e de abandono.

E paira o pensamento inconformado

Do fado que se me impôs (não sei)

Se foi destino ou mesmo se errei,

Se tracei-o eu mesmo descompassado.

Mas a alma que é de certo humana

Que ora acerta, (mas também se engana),

Depois ainda sofre a consequência.

E sobre a escrivaninha debruçado,

Lânguido de amor por triste fado,

Caiu-me a solidão e a sonolência.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 14/10/2011
Código do texto: T3276621
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