UM CASTELO
Em algum estranho e isolado castelo,
Perambula a brisa de um'alma antiga:
É um grupo de crianças sem cantiga...
É uma corrente que não possui um elo,
Enquanto, no jardim, a arisca formiga
Suga o néctar do crisântemo amarelo,
O castelo arde de mistérios e intriga...
E a formiga parte para um cogumelo...
Abelhas povoam o esquecido cemitério,
Borboletas colorem o jardim, já florido;
Tudo vive um silêncio de monastério...
Ele que foi um lar, um lugar querido,
Hoje é conduzido pelo próprio critério;
É a vida de algum castelo esquecido...
(VictorAMPinheiro)