"DEGRADAÇÃO HUMANA: ALIENADO"

Desaba o céu, faz-se a escuridão... nada lhe intriga.

A sua volta nada acontece, porque nada lhe é diferente.

Não se percebe diferenças, mais parece um indigente,

E se algo lhe importuna, empurra tudo com a barriga.

Nada o aborrece, tudo lhe é normalidade.

Surge o sol, desaba a lua... nem viu o tempo passar.

Não cogita o infortúnio, nem mesmo se as águas vão rolar.

A quem interessar possa, a ele não deixa saudade.

Ele é sua própria razão de ser: pura autonomia.

Não provoca nos outros ciúmes, tão pouco alguma simpatia.

Ele faz de sua vidinha seu próprio meio, seu virtual reinado.

É um ser vivo não muito pensante, mais parece uma dinastia,

E na altivez abstrata dos seus momentos, não se sente rogado,

Apenas ele vive distante, como qualquer "ALIENADO"...

Profaro
Enviado por Profaro em 14/10/2011
Reeditado em 14/10/2011
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