"DEGRADAÇÃO HUMANA: ALIENADO"
Desaba o céu, faz-se a escuridão... nada lhe intriga.
A sua volta nada acontece, porque nada lhe é diferente.
Não se percebe diferenças, mais parece um indigente,
E se algo lhe importuna, empurra tudo com a barriga.
Nada o aborrece, tudo lhe é normalidade.
Surge o sol, desaba a lua... nem viu o tempo passar.
Não cogita o infortúnio, nem mesmo se as águas vão rolar.
A quem interessar possa, a ele não deixa saudade.
Ele é sua própria razão de ser: pura autonomia.
Não provoca nos outros ciúmes, tão pouco alguma simpatia.
Ele faz de sua vidinha seu próprio meio, seu virtual reinado.
É um ser vivo não muito pensante, mais parece uma dinastia,
E na altivez abstrata dos seus momentos, não se sente rogado,
Apenas ele vive distante, como qualquer "ALIENADO"...