Ao perverso da letra
Bom dia vil asqueroso maledicente
O da pena pobre, mediana e arredia
Aquele que nada traça permanente
Que muito sonhou nada bom esculpia
Se limitou ao fel de sua língua e dente
Escorreu veneno nessa boca já fria
Profere impropérios como arma doente
E colhe a amargura de uma vida já vazia
Mas desejo-te bom dia, oh pobre coitado
De alma vaidosa, triste, peito apertado
Ou seria vazio, sangrado, creio ser assim
Destino-te a maior pena que há em mim
O maior bocejo de meu total descaso
Meu verso pródigo, um escarro, um acaso.
Lord Brainron
Aos que muito comigo se precoupam, não os queridos, mas os que sonham ser poetas