Soneto n.229


FOGO VIVO

 Bem como o cavalo, na savana,
a correr veloz, desembestado,
o meu pensar (de bom-grado)

me toma, hegemonia soberana.

Ele é ágil como a jovem iguana
na caça dum alimento sonhado,
e fico refém do devaneio alado
que vai chegando em caravana.
...
Eu solto a força do meu verbo ativo
e voam letras, frases - tantos versos
que, em mim, estavam submerssos.

Eles percorrem um atalho impreciso
até chegarem bem junto ao paraíso,
moldando minha rima em fogo vivo.


Silvia Regina Costa Lima
10 de outubro de 2011
 


 
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 13/10/2011
Reeditado em 13/10/2011
Código do texto: T3273754
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