LEGADO

Carrego um inútil desassossego,
Desde o tempo de completo pelego;
Não nego, era pego ao poder, e leigo...
Hoje eu me conecto à rede e navego,

E tudo se faz e vê, não há estrago,
Sem apego a nada, fé ou partido,
Barganhas de posto, ou ficar no emprego, 
Coação do passado agora relego.

Assim estou,  preso hoje a um castigo,
A pé sigo o séqüito, e eu o renego,
Porque estou cego ao apego que agrego,

Que já me pesa, me entrego e me envergo,
Sou do tempo antigo, vivo “no prego”...
Mas deixo um legado: despreze o seu ego...
 



(*) Nota do autor:

Egoísmo 

O egoísmo é o hábito ou a atitude de uma pessoa colocar seus interesses, opiniões, desejos, necessidades em primeiro lugar, em detrimento (ou não) do ambiente e das demais pessoas com que se relaciona. Nesse sentido, é o antônimo de altruísmo. 

Egocentrismo 

O egocentrismo se caracteriza pela fantasia de imaginar que o mundo gira em torno de si, tomando o eu como referência para todas as relações e fatos. Uma pessoa egoísta pode não ser egocêntrica, uma vez que luta para fazer com que os fatos se amoldem a seus interesses. 

A pessoa egocêntrica é egoísta, no sentido de que não consegue imaginar que não seja ela a prioridade no mundo em que vive. 

O egocentrismo é próprio da infância, como passagem para que a criança possa aprender a noção de referência a partir do eu e então aprender a criar outras referências que não o si mesmo. 

Há controvérsia se o egoísmo é uma característica natural humana ou se é um hábito adquirido, como um vício moral da pessoa. A psicologia do desenvolvimento observa que a infância se caracteriza pela passagem de uma atitude naturalmente egocêntrica - em que a criança tem por referência seu organismo e suas necessidades - para uma atitude social e interativa. 

Deste modo, o egoísmo seria a recusa da pessoa em deixar essa fase infantil, uma luta por manter viva a fantasia do egocentrismo. Naturalistas postulam a base natural do egoísmo a partir da tendência dos replicadores do organismo se associarem apenas segundo o interesse de passar à próxima geração de organismos. É a hipótese do gene egoísta, ou seja, de que os mecanismos genéticos de reprodução agem com fins imediatos e egoístas. O altruísmo seria uma legitima construção cultural e humana. 

Ego ou Eu é o centro da consciência, é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. 

Por esse motivo, a forma fundamental da existência para o ego é a angústia. Se se submeter ao id, torna-se imoral e destrutivo; se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele. Cabe ao ego encontrar caminhos para a angústia existencial. Estamos entre o limite do prazer (que não conhece limites) e o princípio da realidade (que nos impõem limites externos e internos). 

O Ego em sua função básica à natureza humana é a consciência da sobrevivência, é o limite da consciência entre o instinto de doar-se a uma causa ou a uma verdade rígida, e o da própria sobrevivência humana como indivíduo. É importante salientar que a função do EGO é ignorada e portanto este tantas vezes é utilizado de forma exacerbada, errônea e inconseqüente, mas que é acima de tudo uma função na composição mental do indivíduo.


Origem do texto complementar: Wikepédia



José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 25/12/2006
Reeditado em 12/02/2007
Código do texto: T327372
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