Julianas XIV
Envolta em um véu de sonho distante
Como Pandora foge do medo de perder
Nas nuvens desertas para suspender
Num invólucro de imprudência errante.
A tua fonte não secou para te libertar
Claro como a luz de um formoso dia
Palpita no peito o tom da melodia
No coração de alguém a te despertar.
Vai a tua estrela a cintilar no infinito
No amenizar da dor o sorriso bonito
Qualquer serenata que não faz mal.
No carnaval de ilusões desta vida
Então cumprida de tão desprendida
A velejar num rio doce e sem sal.