POR TODA CULPA TUA
A tudo atribuo à culpa tua...
Se uma estrela cai do céu,
Se o eclipse esconder a lua,
Se não crio soneto ou rondel.
Minha dor na noite escura,
À minha frente branco papel,
Onde estás que não me curas,
Sem ti, perdido em mausoléu.
Bastar-me-ia teu qualquer sinal,
A estrela seria, então, cadente,
O eclipse seria coisa tão normal.
Escreveria um soneto divinal,
De nós dois. Coisas ardentes.
Contigo? Faria amor no final.