RÉU DE AMOR
Um mero condenado duma sentença
Para amar-te a vida toda vou vagando
Pelas noites onde não vejo mudando
A dor da solidão que me é imensa.
A dura pena que recebi do céu,
Que ao deitar no leito vago e frio
Não possa ver-te ali, só um vazio;
Grita por socorro este pobre réu.
Esquecer-te não me foi concedido
E sim que eu vá pelo mundo perdido
Em meio a saudade e a tristeza.
E dessa minha atroz condenação
De acorrentar-me a ti, meu coração,
Cavei, fugi, busquei minha defesa.
(YEHORAM)