Lembrança Eterna
Pouca coisa restou-me em memória,
Desses tempos que te ias comigo,
Das mãos nossas; tal como castigo,
Separaram-se! — Vil trajetória!
Nossa vã mocidade de glória,
Fez-se um findo passado, atro, antigo.
E quiçá, entre algum pétreo jazigo,
Por completo perdeu-se essa história...
E de tudo que outrora nós fomos,
Ficou à sombra duns cinamomos,
Nossa imácula e terna aliança.
Ficou lá... Junto aos anjos marmóreos,
Dentre os tétricos túmulos flóreos,
Nossa mais bela e doce lembrança.
* Versos Eneassílabos em Gregoriano Anapéstico (3ª, 6ª e 9ª).