SONETO DA AUSÊNCIA

SONETO DA AUSÊNCIA.

Não suporto mais a tua ausência

Tão longa por demais insensata

Retorna me visita com freqüência

Senão, a triste saudade me mata.

Haja em mim uma cisma e querência

No falar, no ser e no escrever, enfim

É uma doença quase uma demência

Querer-te sempre só e junto a mim.

Contudo, não existe a tal da evidência.

De querer-me agora num sonoro SIM

Eu vou te esperar, pois tenho paciência.

Glamourosa distante e semi-acordada

Vem e faz de conta que há anuência

De querer-me, hoje, agora, só e calada.

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 24/12/2006
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