SONETO DA AUSÊNCIA
SONETO DA AUSÊNCIA.
Não suporto mais a tua ausência
Tão longa por demais insensata
Retorna me visita com freqüência
Senão, a triste saudade me mata.
Haja em mim uma cisma e querência
No falar, no ser e no escrever, enfim
É uma doença quase uma demência
Querer-te sempre só e junto a mim.
Contudo, não existe a tal da evidência.
De querer-me agora num sonoro SIM
Eu vou te esperar, pois tenho paciência.
Glamourosa distante e semi-acordada
Vem e faz de conta que há anuência
De querer-me, hoje, agora, só e calada.