Soneto para um louco
A delirar no colo da paixão
em transe de prazer e de ventura,
procura, loucamente, o louco, a cura
para quem voa e nunca sai do chão.
A mente ouve vozes e a visão
avança nas fronteiras do juízo,
enquanto a boca esboça um sorriso
e corpo inteiro entra em convulsão.
E quando este poeta pára um pouco
e pensa o que é de si e desse louco,
que vive nos jardins da sua mente,
alça o mais belo voo e, das alturas...
descobre que esse louco não tem cura
e é muito mais feliz do que doente.
A delirar no colo da paixão
em transe de prazer e de ventura,
procura, loucamente, o louco, a cura
para quem voa e nunca sai do chão.
A mente ouve vozes e a visão
avança nas fronteiras do juízo,
enquanto a boca esboça um sorriso
e corpo inteiro entra em convulsão.
E quando este poeta pára um pouco
e pensa o que é de si e desse louco,
que vive nos jardins da sua mente,
alça o mais belo voo e, das alturas...
descobre que esse louco não tem cura
e é muito mais feliz do que doente.