A FENDA DO TEMPO

Momentos soltos, espaços de minha vida, vãos,

Em que me encontro perdido em alheio olhar,

A contemplar o céu em minha frente, imensidão,

Estendo a mão, a surgir teu rosto, eu a sonhar.

Pequenas bobagens, tão importantes para mim,

Uma simples frase, um sentir da brisa, é paixão,

Sem que desista da vida, morrendo, agora assim,

Pulsar coração que chora por ti com toda a razão.

Não me falte, mesmo que nunca baste tua presença,

Dê-me qualquer coisa, pois de ti sempre será imensa,

Qualquer pequena prova. Jeitos, gestos, desse amor.

Não tarde, posto qualquer minuto de morte é sentença,

Dê-me qualquer segundo, do teu tempo uma fenda,

Qualquer pequeno momento, a cura para minha dor.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 09/10/2011
Reeditado em 03/08/2012
Código do texto: T3266372
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