"TARDE DEMAIS"
Meus Pais, meu ídolos, na infância protegida:
“Um colo, um abraço, um beijo, um presente...”
Tudo à mão, nada é negado... Que vida!
Por eles eu brigava contra os colegas exigentes.
Meus Pais, na adolescência, os vigilantes das ações:
“Não pode, não faça, não tenho, não tive...”
Quase tudo é cobrado nas suas preocupações.
Deles a amargura nos impedimentos ao que hoje se vive.
Meus Pais, na fase adulta, só contrariedade:
“Suas experiências e desilusões reforçam sua teorias.”
Chega-se ao desentendimento, e às vezes às separações.
Meus Pais, após perdê-los, sufocará no peito a saudade:
Descobertas se sucederão a cada e todo dia-a-dia
Para mostrarem os desvalores recebidos nas incompreensões...
(ARO. 1997)