"TARDE DEMAIS"

Meus Pais, meu ídolos, na infância protegida:

“Um colo, um abraço, um beijo, um presente...”

Tudo à mão, nada é negado... Que vida!

Por eles eu brigava contra os colegas exigentes.

Meus Pais, na adolescência, os vigilantes das ações:

“Não pode, não faça, não tenho, não tive...”

Quase tudo é cobrado nas suas preocupações.

Deles a amargura nos impedimentos ao que hoje se vive.

Meus Pais, na fase adulta, só contrariedade:

“Suas experiências e desilusões reforçam sua teorias.”

Chega-se ao desentendimento, e às vezes às separações.

Meus Pais, após perdê-los, sufocará no peito a saudade:

Descobertas se sucederão a cada e todo dia-a-dia

Para mostrarem os desvalores recebidos nas incompreensões...

(ARO. 1997)

Profaro
Enviado por Profaro em 08/10/2011
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