"HOMENAGEM... PARA QUEM?"
Não dá para entender, quanto mais se aceitar
As inversões de valores que na Terra se veem encontrados
Das impunições aos descasos, nada que se pode duvidar
Tamanha a clareza dos fatos, precisos motivos alegados.
“Enquanto há vida, há esperança” – a que isto se fundamenta
Conquanto a morte esteja sempre sendo a mais provável.
Talvez seja mais um paliativo, embora tal forma não apresenta,
Contudo uma certeza de que na vida nada se é irrecuperável.
Pior das certezas fica por conta das homenagens de gratidão
Quando se as fazem póstumas, a partir do corpo no caixão,
Mesmo cientes de que o espírito é desprovido de ressentimento.
Mas, como dizem: ”... o que vale é que alguém foi lembrado...”,
Como na missa de corpo presente, ou na bênção ao corpo parado.
Tudo faz parte de uma homenagem sem qualquer convencimento.