AMOR INSEPULTO
Odir Milanez
Sepultar-te tentei. Não consegui.
Tardei de me inteirar por qual motivo.
Mas agora, surpreso, percebi:
não se sepulta aquilo que está vivo!
Tuas lembranças passam por aqui
nos passeios do sol. São lenitivo
aos meus pesares, dês que te perdi
e da saudade me tornei cativo.
Tua saudade é qual um passarinho:
desperta-me no dia amanhecente,
janelando cantigas de carinho!
Sepultar-te tentei. Mas, finalmente,
decidi te deixar mais um pouquinho
nos pensamentos meus, onde és presente!
Quem sabe, a vida venha, de mansinho,
dar vida à vida desse amor da gente?
JPessoa/PB
07.10.2011
Odir Milanez
Sepultar-te tentei. Não consegui.
Tardei de me inteirar por qual motivo.
Mas agora, surpreso, percebi:
não se sepulta aquilo que está vivo!
Tuas lembranças passam por aqui
nos passeios do sol. São lenitivo
aos meus pesares, dês que te perdi
e da saudade me tornei cativo.
Tua saudade é qual um passarinho:
desperta-me no dia amanhecente,
janelando cantigas de carinho!
Sepultar-te tentei. Mas, finalmente,
decidi te deixar mais um pouquinho
nos pensamentos meus, onde és presente!
Quem sabe, a vida venha, de mansinho,
dar vida à vida desse amor da gente?
JPessoa/PB
07.10.2011