DO BAÚ DE LEMBRANÇAS
DO BAÚ DE LEMBRANÇAS
Boa, noite, saudade amiga e gostosa,
fugida do baú das antigas lembranças
de igual baú que guarda vidas – esperanças;
lembranças que carreiam saudades idosas.
vens trazer-me memórias - antigas festanças,
que vão aí esparsas no passado - dengosas,
a perfumar-me a mente, qual jardim de rosas;
que dizem de folguedos meninos – crianças.
vem, ancora teu barco em marolas da mente;
conta tua história sem receio e sem dó,
porque hoje estou triste; quero ouvir, simplesmente.
não te importes, saudade, ao sentires meu pranto,
não há mais quem nos ouça, na vida estou só,
e viver na solidão, tudo perde o encanto.
051011 – Afonso Martini