Jazigo Perpétuo
Por entre esses jazigos funestos,
Que noutrora passávamos rindo...
Hoje quando a passar, vejo-te indo,
Meneando-me o adeus em teus gestos.
E assim, vejo-te longe partindo,
No negror dos sepulcros tão mestos...
Tu deixaste-me apenas os restos,
E o amargor dum pesar tão infindo!
Dessas árvores — esse cipreste,
Dos segredos que outrora me deste,
Ele deve guardar na memória...
Desses túmulos — esse jazigo,
Ele deve guardar, tão consigo,
O romance de nossa atra história.
*Versos Eneassílabos em Gregoriano Anapéstico (3ª, 6ª e 9ª).