O PEDINTE
Odir Milanez
Ele veio nas vezes dos vencidos,
na mesma volta vã dos viciados,
pisando os mesmos pés despercebidos
dos que pisam nos passos já passados.
Pareceu procurar pousos perdidos,
onde dormem da vida os deserdados.
Parou. Pediu perdão pelos pedidos,
colhendo nas mãos tronchas uns trocados.
Chegou-se a noite à tarde que fugia.
A rua escura se restou vazia,
ao mendicante alimentando a mágoa.
Mas apesar da chuva que chovia,
o vulto vago em pé permanecia,
as mãos em conchas, tronchas, cheias d’água!
JPessoa/PB
01.10.2011
oklima
Odir Milanez
Ele veio nas vezes dos vencidos,
na mesma volta vã dos viciados,
pisando os mesmos pés despercebidos
dos que pisam nos passos já passados.
Pareceu procurar pousos perdidos,
onde dormem da vida os deserdados.
Parou. Pediu perdão pelos pedidos,
colhendo nas mãos tronchas uns trocados.
Chegou-se a noite à tarde que fugia.
A rua escura se restou vazia,
ao mendicante alimentando a mágoa.
Mas apesar da chuva que chovia,
o vulto vago em pé permanecia,
as mãos em conchas, tronchas, cheias d’água!
JPessoa/PB
01.10.2011
oklima