A flor do coraçao
Somente a flor do coração minha querida
Sabe exalar seu perfume
Resplandecente como um sol maravilhado.
A vida cotidianamente se faz saudade.
E a terra dos homens, sepulcro incessante.
De todas as esperanças.
Aceite que sejamos o que somos,
Inconscientes armados com o clamor da paz,
Sem extirpar os caules das plantas
Com palavras Cortantes
ou apenas o silêncio
Sua presença calma na paisagem
Nada mais impedirá o meu sonho amplo,
Nem mesmo o escuro das incompreensões
Que habitam nossas almas.
Feche a face morta e frágil,
Torna-se invisível a carga áspera
que carregamos
Dissolve-se em versos e orvalhos.
Acredite minha querida amiga,
O mistério da vida não morre
Nós é que morremos
Antes que o pó nos acolha inertes.
Luiz Pádua