A flor do coraçao

Somente a flor do coração minha querida

Sabe exalar seu perfume

Resplandecente como um sol maravilhado.

A vida cotidianamente se faz saudade.

E a terra dos homens, sepulcro incessante.

De todas as esperanças.

Aceite que sejamos o que somos,

Inconscientes armados com o clamor da paz,

Sem extirpar os caules das plantas

Com palavras Cortantes

ou apenas o silêncio

Sua presença calma na paisagem

Nada mais impedirá o meu sonho amplo,

Nem mesmo o escuro das incompreensões

Que habitam nossas almas.

Feche a face morta e frágil,

Torna-se invisível a carga áspera

que carregamos

Dissolve-se em versos e orvalhos.

Acredite minha querida amiga,

O mistério da vida não morre

Nós é que morremos

Antes que o pó nos acolha inertes.

Luiz Pádua

Luiz Pádua
Enviado por Luiz Pádua em 04/10/2011
Reeditado em 04/10/2011
Código do texto: T3257121