... PARNASO ...

Para Francy, minha irmã, que aniversaria hoje.

Na solidão do céu, acima do mar,

Já voam estas aves bem distantes;

E, a praia, tão triste nest’ instante,

Murmura bem mais forte tanto pesar...!

As ondas lá s’espalham pela areia...

Nas falésias, explodem pelas brumas;

Alvejam toda a orla de espumas,

Que, beijada à luz do sol, clareia...!

Ah, arrastam-se aos pés do mar o ocaso;

Sim, ainda deitado em leito raso,

Mas, quase a deslumbrar o findo dia...

E, na sua beleza sem ter prazo,

Ó, as aves, recriam o parnaso,

E, eu, só vejo em tudo a poesia...

Arão Filho.

São Luís-Ma, 04/10/2011

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 04/10/2011
Reeditado em 04/10/2011
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